Semarh quer implantar viveiro florestal na Cadeia Pública de Areia Branca
Na manhã desta quarta-feira, 26, o secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), Olivier Chagas, foi até Cadeia Pública Territorial de Areia Branca, na região Agreste, apresentar ao diretor da unidade prisional, Joselito Ferreira Resende, a proposta de implantação de um viveiro florestal, projeto que visa, além de contribuir com a recuperação de áreas degradadas, a ressocialização dos detentos que estão em regime provisório.
De acordo com Olivier Chagas, a ideia, ainda embrionária, seria solidificada em parceria com a Secretaria de Justiça e Defesa ao Consumidor (Sejuc), o Ministério Público do Estado e o Tribunal de Justiça.
“O objetivo é trabalhar em parceria. Umas das ações importantes que o Estado faz é punir as pessoas que cometem crimes, mas o Estado também busca ressocializar essas pessoas. Por isso, queremos colaborar com ações ambientais de reflorestamento, associado a palestras de conscientização para que, dessa forma, a gente utilize essa mão de obra ociosa e ajude aos que cometeram crimes voltar à sociedade com outra visão de mundo”, sublinhou o secretário, ao complementar que o viveiro cultivará espécies nativas de Mata Atlântica e de Caatinga, principais biomas de Sergipe que estão degradados.
Para o diretor da Cadeia Pública, a proposta da Semarh é extremamente positiva. “Instigaria por demais a gente trabalhar num projeto como esse, afim de possibilitar a reinserção do preso, fazer com que ele possa pensar e agregar valores à condição moral e ética como ser humano, além de promover uma melhoria no meio ambiente com o reflorestamento, cuidando das matas. É a união do útil ao agradável. Vai ocupar o interno para que ele tenha oportunidades. Vejo de forma positiva. Havendo condições técnicas e pessoal, ficaremos felizes em ajudar. Estamos aqui para isso. O gestor da Sejuc vai se reunir com Olivier para ver as possibilidades”, garantiu.
Estrutura
Antes da reunião, Olivier conheceu as instalações da Cadeia Pública de Areia Branca, que foi inaugurada pelo governador Jackson Barreto no último mês de março, e ficou impressionado com tamanha organização da cadeia, que é gerida pela empresa Reviver, numa parceria público-privada. “Percebemos uma nova forma de gerenciar o sistema prisional. É um dos melhores presídios do Estado e do Brasil”, elogiou ele.
A construção da cadeia contempla um módulo administrativo e dois módulos para internos. Nos dois módulos para internos, são 398 vagas para presos provisórios, assim distribuídas: triagem – oito celas com capacidade para 48 internos; pessoas com deficiência e idosos – seis celas para 36 internos; permanência – 56 celas para 336 internos; módulo individual – 14 celas para 14 internos; consultórios médico e psicológico; posto de enfermagem e farmácia, sala de monitoramento e áreas para visita íntima e banho de sol também fazem parte da estrutura inaugurada. Já o módulo administrativo possui salas de diretoria; salas de apoio administrativo e de reunião; sala de controle e rádio; alojamento da Guarda; parlatório; almoxarifado e sala multiuso.
A Cadeia Territorial de Areia Branca possui estrutura em concreto armado, muro com concertina com seis metros de altura, três guaritas elevadas internas para monitoramento, casa de lixo e de gás, reservatórios de água com capacidade para 150.000 litros e de reuso com capacidade para 160 mil litros, estacionamento com 41 vagas, sendo oito pessoas com deficiência e idosos, sistemas de prevenção contra incêndio, de alarme e de Prevenção Contra Descargas Atmosféricas.
Fonte: Ascom/Semarh
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