O dia 21 de Março é destinado ao Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial. O artigo I da Declaração das Nações Unidas sobre a discriminação racial diz que;”Discriminação Racial significa qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada na raça, cor, ascendência, origem étnica ou nacional com a finalidade ou o efeito de impedir ou dificultar o reconhecimento e exercício, em bases de igualdade, aos direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou qualquer outra área da vida pública”.
Para trabalhar este tema, o setor de Educação do Conjunto Penal de Eunápolis- CPE, através da pedagoga, Nívia, e professor Gilvan Bacelar, organizaram no dia 23, uma palestra com o título “Eu, tu, nós.. História viva da África no Brasil” destinada aos reeducandos provisórios e sentenciados da Unidade, totalizando 40 participantes.
Com o apoio da Maria Natividade, foi abordado na palestra a valorização da diversidade étnico-racial vivenciada em nossa sociedade, cultura africana no Brasil, a figura do negro no atual contexto social, a arte, a música, a literatura, a luta e contribuições políticas e suas raízes. Através da dinâmica de gravuras foi aberto um espaço para reflexão e diálogo acerca da política étnico-racial no Brasil. Houve, ainda, a construção de sugestões voltadas para a política étnico-racial que comporão os princípios curriculares da EJA no CPE.
O reeducando Orlando disse que, “Momentos como esse é importante porque nos mostra que somos gente, independente do erro que comentemos no passado, somos gente. O assunto da discriminação racial foi bom porque nos informa de nossos direitos, dos direitos da pessoa humana. Deixo claro para a senhora “aqui entre nós internos, não existe preconceito, somos todos iguais, nos respeitamos, cuidamos uns dos outros”. É importante esse tipo de trabalho, não só com esse assunto, mas com outros assuntos isso muda a nossa vida. Escola, trabalho, atividade cultural, é isso que transforma as nossas vidas.”
Ao final do evento foi servido um lanche aos reeducandos como forma confraternizar e agregar os valores trabalhados no evento que contribuíram para os efeitos da reinserção social.
Por: Gerente Administrativo do CPE, Ricardo Leão.
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