REVIVER: Depoimentos fortalecem Campanha
23/10/2020 | REVIVER: Depoimentos fortalecem Campanha Outubro Rosa
DEPOIMENTOS
“Vida é o que tem pra hoje..…
Este ano “DESCOMEMORO” 08 anos de um ano que não deveria ter existido para mim. Ano em que palavras em um papel mudaram minha vida, minha cabeça e minhas certezas… “Carcinoma in sito”. Não vou ficar romantizando este ano e nem dizer o quanto virei uma pessoa melhor, mais feliz, etc, pois preferia ter vivido de mil outras formas, e não vivido uma guerra silenciosa, muitas vezes só minha e muitas vezes mal interpretada por alguns que diziam que “não era dos piores e que iria passar”. Realmente passou… E, tô viva, feliz, saudável e com uma nova certeza…….. Vida é o que tem pra hoje..…
DÉBORA CABRAL, Coordenadora da Administração no Escritório Central da REVIVER,
venceu o câncer de mama há 8 anos.
“Eu não quis ser forte, eu precisei ser forte”
Em 2012, fui diagnosticada com câncer de mama (da minha mama esquerda). Fiz o tratamento e fiquei bem. Fiquei bem durante o tratamento também e compreendi que Deus não dá nada em vão a ninguém. Tive forças para poder fazer o tratamento graças a Deus e a colegas que me ajudaram, aqui na empresa, a passar por essa etapa. Amadureci mais como pessoa. Compreendi mais o valor da vida. Deus esteve comigo o tempo todo, abrindo portas. Tinha uma assistência médica boa, com a qual fiz meu tratamento. Todas as portas abertas e eu não tive com o câncer, a tendência a entristecer e deixar que ele tomasse conta de minha vida. Assim eu consegui ter forças para poder passar por isso.
Eu compreendi que era superior a tudo aquilo. Assim que a gente acha forças pra poder passar por isso, mas temos que compreender, para não se machucar e não ficar mais doente ainda do que a própria doença nos deixa. Cada um tem seu jeito de ser, de passar pelas situações. Eu gosto da forma como lidei com esse momento, desde que o câncer de mama entrou em minha vida.
Minha mães estava mais velha, minha família estava muito distante. Com o câncer eu percebi e fiquei mais tempo com eles.Durante meu tratamento tive o apoio de todos os meus amigos. Mas não tive a presença da família porque nenhum deles sabiam. Durante todo o meu tratamento, nenhum integrante da família soube que eu estava com câncer. Eles achavam que era algum outro problema, porque eu só mostrei resultado do primeiro exame. Eu tive o apoio de uma amiga muito bacana – Carmélia – que esteve presente ajudando na minha internação e saída do hospital Português.
Para a família, eu só havia dito que faria um tratamento, mas quando voltei do hospital tendo retirado a mama, foi uma surpresa para todos, mas continuaram sem saber.E porque esconder da família? Eu quis ser forte? Sinceramente, não. Mas eu precisei ser forte.
Minha mãe havia tido um AVC, já tendo uma idade avançada, e não podia tomar um susto desses. Não é que eu seja forte. Eu precisei ser. A gente na vida precisa ser muitas coisas e temos que buscar forças dentro da gente pra que sejamos o que precisamos ser.
Tive muito apoio no trabalho. Todas as pessoas orando muito por mim, celebrando cada etapa vencida, realizando cafés da manhã, me motivando. Me acompanharam de perto. Sou feliz por ter tido todo esse apoio. Eu sou feliz por ter tido tudo isso, e sabemos que muitos não conseguem nem iniciar o tratamento, porque nem todos consegue uma vaga para fazê-lo. Vi pessoas nem terem tempo de fazer o tratamento.
Eu não quero apagar o ano de 2012 de minha vida. Foi quando eu vi que, quando queremos, encontramos força, não se sabe de onde. Temos também que olhar a vida com responsabilidade, ter um olhar mais terno com as pessoas em volta, com os colegas . E sou feliz porque fiz a cirurgia, tirei a mama mas estou bem. Um peito não me define como pessoa.ASCOM: O que você diria a uma pessoa que acabou de ser diagnosticada com câncer de mama?
Eu diria que a pessoa não deve encarar o diagnóstico como final ou ruína. Até para não acabar desencadeando outros problemas. A medicina tem cada vez maiores avanços. Há 10 ou 15 anos atrás o tratamento era bem mais violento. Então, não se deixe deprimir, nem pensar em morte. Não fique presa a vaidade com medo de queda do cabelo ou da retirada da mama. Como eu já disse, o peito não nos define como pessoa.
Eu sou muito bem resolvida, mesmo não tendo feito a cirurgia de reconstrução da mama. Se uma pessoa não quer estar ao meu lado e achar que a relação acabou por eu não ter peito, essa pessoa não me merece, nem te merece. Eu não estou nem aí pra isso e você não deve estar.
O que realmente te ajuda a vencer o câncer é você, sua força de vontade, e como você vai encarar tudo isso. Não é o câncer que vai lhe dizer o que vai fazer, o que você é. Você é muito mais que um câncer. A gente luta, recupera e vai em frente. E na minha cabeça é assim: vou em frente. Eu nunca pensei em sair desse tratamento sem minha vida. Tanto que no dia que fiz minha cirurgia minha pressão estava 12×8 e o açúcar 90, porque eu realmente me mantive calma, confiante.
Acima de tudo se goste e se respeite para poder passar por tudo, confiante na sua vitória.
BÁRBARA FERREIRA, Coordenadora da Administração no Escritório Central da REVIVER,
venceu o câncer de mama há 8 anos.
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